O Dia Internacional das Montanhas foi criado pela pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2002 para conscientizar a respeito da conservação e desenvolvimento das montanhas, de forma equilibrada.
As regiões montanhosas hospedam mais de um quarto das plantas e animais terrestres e 30% das principais áreas de biodiversidade terrestre.
Em mensagem sobre o dia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destaca a aceleração da mudança climática e da degradação da terra.
Segundo ele, as geleiras das montanhas estão desaparecendo em um ritmo sem precedentes e espera-se que a profundidade da neve em altas montanhas diminua entre 10% e 40% entre 2031 e 2050.
O chefe da ONU afirma que “a vida selvagem nas montanhas também está em risco”, destacando o caso dos leopardos-da-neve na Ásia Central, gorilas da montanha em Virunga e tigres de Bengala no Butão.
Guterres diz que estas e outras espécies “são afetados por mudanças em ecossistemas mais amplos e usos humanos da paisagem que podem, por sua vez, levar a uma maior invasão em áreas remotas e de alta altitude e aumento do conflito entre homem e vida selvagem.”
Para ele, o próximo ano oferece oportunidades importantes de formulação de políticas para proteger estes ecossistemas, incluindo a Conferência do Clima da ONU, COP 26, e a elaboração de uma estrutura de biodiversidade pós-2020.
Além disso, a Assembleia Geral declarou 2021-2030 como a Década da Restauração do Ecossistema. Segundo Guterres, “as Nações Unidas continuam a trabalhar com parceiros locais e nacionais para proteger os ecossistemas e as espécies montanhosas e promover os produtos das montanhas.”
Ele lembra uma campanha recente, com o lema “Run Wild”, que mobilizou 1 milhão de corredores, representando 1 milhão de espécies ameaçadas de extinção, dizendo que foi “uma demonstração comovente de solidariedade.”
O secretário-geral termina afirmando que “é hora de mover montanhas para garantir as mudanças necessárias para garantir a saúde do planeta e construir um futuro sustentável para todos.”
Quase um bilhão de pessoas no planeta vivem em áreas montanhosas e mais da metade da população do planeta depende das montanhas para abastecer-se de águas, alimentos e energia renovável.
Nós, como entusiastas do montanhismo, afirmamos: todo dia é dia de montanha. As experiências que temos nelas nos amadurece e enriquece demais.
Nós todos, praticantes dessa modalidade, somos os principais responsáveis por preservá-las, e inclusive temos o dever de passar adiante esta consciência.
Por este motivo é que temos de intensificar esforços, esquecer a carência afetiva e a necessidade de omitir de qualquer responsabilidade, e começar a cobrar de todos: representantes, montanhistas, escaladores, praticantes de trekking, iniciantes, professores, guias, federações, que tenham mais compromisso com a montanha e com o esporte.
Que mais importante que ostentar o prestígio de qualquer coisa, seja ele um cargo representativo ou mesmo uma conquista pessoal na montanha, existe uma coisa muito mais importante: a preservação das montanhas.
Para você ter uma ideia, as montanhas:
Abrigam 25% da biodiversidade terrestre
Possuem 70% dos recursos mundiais de água doce para o consumo doméstico, agrícola e industrial
Desempenham um papel chave na administração de energia sustentável
Atraem em torno de 15% a 20% do turismo mundial
Abrigam comunidades indígenas que possuem e mantém valiosos conhecimentos, tradições e idomas da humanidade
Os dados são da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), que criou uma campanha mundial com o objetivo de conscientizar sobre o descaso mundial sobre as montanhas e a população que as habita.
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