Nos últimos tempos, estivemos falando muito sobre Aretha e sua expedição ao topo do Everest. Mas e você sabe realmente como se chega até lá?
A subida até o cume pode levar muitas semanas, e não é feita toda de uma vez, como você tem visto em nossos relatos por aqui. Os alpinistas a percorrem em vários trechos menores, intervalados, para se aclimatarem e se adaptarem.
Além disso, é preciso muito dinheiro para se investir nessa jornada (estamos falando de algo na casa de dezenas de milhares de dólares): parte desse dinheiro fica com o governo nepalês, em forma de “pedágios”, para as equipes que farão parte da expedição, guias, estadia, transporte, equipamento, etc.
E escalar o Everest por si só, mesmo sem chegar no topo, é uma façanha gigantesca por si só: as temperaturas no alto da montanha podem chegar até -70º C, e o ar rarefeito traz perigos fatais para o corpo humano: os músculos enfraquecem, o cérebro fica confuso e o pulmão pode sofrer um edema. Na temporada 2021, duas pessoas infelizmente perderam a vida escalando a montanha.
Veja como é a expedição, “passo a passo”:
1. ACAMPAMENTO BASE
O acampamento base, de onde toda expedição começa a escalada, fica a 5.400m. O ar aqui tem 50% menos oxigênio do que no nível do mar, e é aqui que começa a aclimatação. Fica-se normalmente 10-15 dias no local.
2. Cascata de Gelo Khumbu
Saindo do acampamento, e indo em direção ao acampamento 1, encontra-se a Cascata Glacial Khumbu, que é um gigantesco labirinto (e instável) de blocos de gelo, com fendas entre eles. Para atravessá-las, escadas são improvisadas como pontes. O trajeto dura cerca de 6 horas.
3. ACAMPAMENTO 1
Situado a 6.100m, mais alguns dias são passados aqui para adaptação à nova altitude.
4. VALE DO SILÊNCIO
A caminho até o acampamento 2, os alpinistas passam pelo Western Cwm, também chamado de Vale do Silêncio. Este é um dos pontos mais surreais da trajetória, pois devido às condições no lugar, as temperaturas podem atingir mais de 30º C, em pleno Everest! Aqui também há fendas no gelo que podem facilmente ultrapassar os 100m de profundidade.
5. ACAMPAMENTO 2
Passando pelo Western Cwm, você chega ao acampamento 2, aos 6.600 m de altitude. E novamente, aclimatação.
6. ATALHO PELO LHOTSE
Saindo em direção ao acampamento 3, o caminho desvia pelo Lhotse (4ª maior montanha do mundo): é um “atalho” escalando um paredão de gelo com inclinação de quase 90 graus em certos pontos.
7. ACAMPAMENTO 3
Vencido o paredão, você chega ao acampamento 3, a 7.200m. Falta pouco!
8. Yellow Band e Geneva Spur
Entre os acampamentos 3 e 4, existem os paredões de rocha pura Yellow Band e Geneva Spur. Aqui, já começa a ser necessário o uso de tubos de oxigênio.
9. ACAMPAMENTO 4
A 7.900 m, você chega ao último acampamento. Ele é montado na fronteira com a chamada “zona da morte”: a partir dos 8.000 metros, os aventureiros tem um tempo contado para chegar até o cume e voltar antes que o corpo entre em colapso e ocorra o falecimento. Portanto, é necessário muito, mas muito cuidado neste último trecho.
10. O TOPO DO MUNDO
Partindo do último acampamento, são cerca de 12 horas de subida. Para chegar até lá, existe um trecho chamado Degrau de Hillary, uma “escadaria” de 12 m, e muito estreita. Muitos alpinistas desistem aqui devido ao cansaço, a apenas 50m do cume. Aos que chegam ao destino final, normalmente ao meio dia, é dado apenas alguns minutos para apreciar a vista: é preciso voltar ao acampamento 4 antes do final do dia.
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